O universo da pulp fiction (policial, ficção científica, terror, fantasia, faroeste, guerra, aventura marítima, aventura com automóveis, romance de amor...) é vasto. Tão vasto que nele floresceu uma planta exótica, como a orquídea-vampira imaginada por H. G. Wells: a história de “weird menace”, que poderíamos traduzir pobremente como “ameaça estranha”. É um subgênero limítrofe entre o policial e o terror, porque envolve uma história de crime, só que desencadeada por pessoas (e transcorrida em ambientes) que vêm diretamente do romance gótico ou daqueles seriados dos anos 1930 cheios de vilões exóticos, grotescos, mais próximos dos quadrinhos de super-heróis do que da literatura.
As revistas mais famosas especializadas (mas não
exclusivamente) em histórias de weird menace foram Dime Mystery, Horror
Stories, Terror Tales, Uncanny Tales... Era um mercado fértil, onde
algumas revistas surgiam, ficavam no mercado alguns meses e sumiam para
sempre. A história básica do gênero
envolve o herói, a mulher e o vilão, que é sempre excêntrico. Pode ser um supercriminoso como tinham sido
Fantomas e Fu Manchu, ou um cientista louco, um monstro de algum tipo. O vilão
se apossa da mulher, às vezes do casal, a quem submete a sevícias, ameaças,
etc. E o herói, quase sempre um sujeito
comum, precisa invadir o castelo ou a mansão sombria, acessar o porão ou o
laboratório, matar as feras ou os zumbis que protegem o espaço, driblar as
máquinas e as armadilhas espalhadas por toda parte, matar o vilão e resgatar a mocinha.
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