quarta-feira, 6 de novembro de 2013

3336) O futebol da Paraíba (6.11.2013)




Acho que a esta altura de 2013 já podemos dar por encerrado o ano futebolístico na Paraíba. Foi um ano em que o Treze, animado pelo simbolismo numérico, preparou-se para grandes jornadas e grandes conquistas. As jornadas foram memoráveis, sem dúvida; somente as conquistas não vieram. Paciência.

Acabou sendo um ano vitorioso para o Botafogo-JP, que ganhou o campeonato paraibano e o título da Série D, e para o Campinense, campeão da Copa do Nordeste. O Galo ciscou bastante, e muitas vezes, com equipes inferiores aos adversários que enfrentava, conquistou grandes resultados. Mas título, que é bom... nem de eleitor.

Houve (para mim, dos jogos que acompanhei) duas batidas-na-trave particularmente dolorosas, dessas de deixar o bico do Galo inchado durante um mês. 

A primeira foi a perda do título paraibano jogando em Campina, com todas as vantagens, contra um adversário que já havíamos derrotado fora de casa. Verdade que o nosso time era fraco, jogava defensivamente, chutando bolas pro mato, talvez tenha ganho alguns jogos importantes por pura sorte... Mas não adianta discutir. Decidir o título em casa jogando pelo empate é uma vantagem que não pode ser desperdiçada. E, como tantas vezes acontece, foi uma vantagem que acabou super-estimada. O time entrou em campo disposto a empatar de 0x0. Como todo time que faz isto, recebeu o merecido castigo. A bola pune. Prego na tampa do caixão.

Na Série C, o time, que havia sido desmontado e remontado após o fim do Paraibano, começou com uma campanha horrorosa, chegando a ficar na vice-lanterna. Depois foi se ajeitando e no segundo turno teve uma arrancada entusiasmante, com várias vitórias seguidas, dentro e fora de casa, contra adversários teoricamente superiores. Foi para o último jogo precisando de um empate, ou de uma derrota simples com muitos gols. Perdeu a classificação para o Vila Nova num jogo de 0x2 em que teria lhe bastado um gol, um golzinho, para subir à Série B. Acanhado, travado, sem autoridade em campo, o time não conseguiu esse gol. (Tal como no ano passado, bastaria uma vitória a mais para ter subido.)

Vamos para 2014 e alguém deve alguma coisa a alguém. Devemos a nós mesmos um time menos vacilante, um time que perca quando for possível perder mas ganhe quando for preciso ganhar. Nossos principais adversários conseguiram botar a cabeça pra fora dágua, conseguiram respirar, têm pelo menos mais um ano de sobrevida. O Treze tem a obrigação de ganhar os títulos que deixou escapar este ano, e mais alguma coisa. Eu nem quero saber de Copa do Mundo em 2014. Por mim, o Brasil pode até perder a final pra Argentina no Maracanã. Bora, Galo! Quero ver serviço!