1) Vamos torcer por um Brasil em que a gente tenha projetos-de-futuro diferentes e consiga se tratar com respeito e negociar com sensatez. 2) Os partidos de esquerda costumam sempre se fracionar à esquerda, porque quando crescem não conseguem mais conviver com a própria esquerda. 3) É engraçado você endeusar um vulto histórico, desencantar-se com ele, mas depois sair à rua para defender a estátua dele diante de um bando de milicianos subvencionados. 4) Uma noite de horror e fogueiras sem controle, uma noite de tropeções e queixo arrebentado, uma noite de ácido nos olhos mas de vergonha na cara.
5)
Se a rua é de todos, paciência, é deles também (identificar e demolir a
contradição nesta afirmativa; depois recuperar a formulação original,
relativizando-a mediante uma superpremissa de natureza ética). 6) Será possível produzir um estado policial
meramente através do estímulo a protestos violentos, insuflando-os de fora, de
modo a fazer aumentarem, por assim dizer, os anticorpos de combate? 7) Há uma enorme tensão na voz das pessoas
que não sabem direito se ficam a favor disto ou daquilo, e uma sede de vingança
cega no seu discurso quando finalmente encontram uma posição. 8) Uma multidão é
como uma saca de feijão, não há dois indivíduos iguais. É mero preconceito seu
achar que um caroço de feijão é igual a outro.
9)
Quem nasceu primeiro, o ovo ou a serpente? 10)
As redes sociais funcionam como uma droga no corpo da sociedade,
acelerando as sinapses, turbinando os estímulos, e periga a sociedade ficar
mais viciada nelas do que os próprios indivíduos. 11) O processo de acanalhamento da política é
essencial para manter fora dela todos os que não são canalhas e não gostam de
conviver com canalhas, e desse modo os canalhas não precisam proibir a presença
destes, pois um dia eles mesmos se afastarão. 12) Liberdade de expressão é o
diálogo entre um estudante indócil e um capadócio de cassetete e capacete.