quinta-feira, 21 de agosto de 2014

3583) 9 últimas frases (21.8.2014)



“Vocês dois me dão cobertura enquanto eu rodeio a casa e ataco a porta dos fundos.” (Bradley Coulton, 25 anos, soldado norte-americano, quarterback dos Kalamazoo Bats, para dois companheiros de batalhão que sobreviveram, durante a tomada da vila de Ancozzo, Itália, 1944.)

“Eu sabia que não dava para confiar em nenhum de vocês.” (François Cuvillier-Dessange, 78 anos, ex-senador da República, multimilionário, no leito do hospital, na presença dos seis filhos e de quatro médicos perplexos que não conseguiram conter a inexplicável reação alérgica que o vitimou de súbito, 1962.)

“Procurem meu filho. Eu tenho um filho chamado Pablo. Nasceu em 1975, registrado em Vitória da Conquista. Não sei o nome da mãe dele, eu conhecia ela por Babete. Digam a ele que a culpa não foi minha.” (Denilson Lucena, 55 anos, baterista, para a camareira do hotel onde se sentiu mal de repente, São Paulo, 2011.)

“Vamos ter calma, o barco ainda aguenta uma meia hora, já que vocês não sabem nadar eu vou buscar socorro, é menos de dois quilômetros daqui até a praia.” (Kim Sin-Nyeng, 31 anos, coreano de nascimento, piloto de barco, filatelista amador, após uma explosão no motor que os deixou à deriva, Japão, 1999.)

“Fique de olho no forno, é pra tirar o empadão daqui a dez minutos. Vou correndo ali na praça, antes que o banco feche, vai dar quatro horas, é só atravessar a rua.” (Paula Mesquita, 41 anos, dona de casa, distraída como sempre, apressada como sempre, cheia de coisas para fazer como sempre, Porto Alegre, 2005.)

“Só mais uns dois, e a gente volta para almoçar.” (Ilya Rostov, 33 anos, capricorniano, sniper russo, acreditando pela primeira vez que seria capaz de bater seu próprio recorde de vinte e seis inimigos derrubados numa semana, Ucrânia, 2014.)

“Eu estava pensando se não era melhor refazer esses exames todos, as contagens não estão batendo, e cada vez que eu venho aqui preciso me estressar para ser atendido.” (Pavel Rotski, 55 anos, agricultor, atormentado por um mal estar que não o deixava em paz,  e cada vez mais irritado com a lentidão e a má vontade do sistema estatal de saúde, no qual não confiava nem um pouco, Varsóvia, 1953.)

“Que porra é essa ali na frente?...” (Grant Malloy, 31 anos, caminhoneiro, viajando desarmado numa noite de neblina, porque achava suficiente ter dois metros e cento e oitenta quilos, avistando um tronco atravessado na pista, nos arredores de San Diego, Califórnia, 1987)

“Hoje é terça-feira? Eu pensei que era quarta. Que diferença faz.” (D. Adelma Ribamar Neves, 91 anos, assistente social aposentada, agnóstica, num hospital de Campina Grande, 2010 ou 2011).