(Brock David)
Idéias
valem dinheiro, porque tudo que produz dinheiro nasce de uma idéia. O conceito
de registrar em patente a idéia de alguém, na tecnologia, é similar ao dos
direitos autorais nas artes. Nos EUA você registra uma patente e tem 20 anos
para investir nela e ganhar dinheiro. Depois, ela fica acessível, para não
impedir o desenvolvimento tecnológico. Só que nem sempre. Um artigo de Steven
Levy na Wired de dezembro (http://bit.ly/WrRbjw)
discute a ação dos chamados “trolls” das patentes. Há muitos inventores que
vendem os direitos de patentes nas quais não conseguem investir, muitas vezes
para firmas de advocacia que passam a viver de processos judiciais contra quem
quer que, da maneira mais vaga e longínqua, pareça estar infringindo aquelas
patentes.
É
um jogo. A matéria de Levy conta em detalhe a ação desses grupos que, tendo em mãos uma
patente suficientemente vaga, sai distribuindo pelo país inteiro centenas de
pedidos de indenização por uso indevido daquela tecnologia. Fazem pedidos de
porte médio, e como as custas judiciais nos EUA são altíssimas, os acusados
preferem fazer um acordo e pagar 100 mil dólares ao “troll” do que arrastar um
longo e cansativo processo, gastar o triplo disso, só para ganhar no fim. Quase
sempre é mais barato pagar do que questionar a cobrança, até porque em muitos
casos a lei impõe uma “injunção” – a empresa acusada fica proibida de usar a
tecnologia em questão até que uma decisão seja tomada. Em muitos casos, sem
aquele detalhe a empresa não pode funcionar. Melhor pagar ao “troll” e ficar
com o menor dos prejuízos.
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