Cap. 1 – De como o ovo-criogênico com o embrião de Lizzie
Reptoid foi encontrado a cem metros do local em que sua espaçonave se
espatifou, no município de Castanheira (PB).
Cap. 2 – De como Seu Perácio e Dona Lia, mesmo sem entender
nada, levaram aquela trapizonga eletrônica para casa, onde ela se abriu e
expeliu, segundo eles, “um putufú de algodão molhado com uma menina
dentro”.
Cap. 3 – De como nos meses seguintes a menina ora parecia
uma coisa, ora outra, mas a poder de leite de jumenta, laranja mimo-do-céu e
maizena acabou virando menina mesmo.
Cap. 4 - De como
Castanheira nunca mais foi a mesma durante os cinco anos seguintes, pelas
romarias e procissões infindáveis de desavisados que viram em Lizzie Reptoid um
sinal dos céus e vieram rezar aos seus pés, pedindo graças, bênçãos, favores,
votos, dentaduras e cadeiras de rodas.
Cap. 5 – De como Seu Perácio e Dona Lia, nada bestas,
amealharam dinheiro e informações suficientes para transferir-se durante um ano
para o Instituto Herpetológico de São Paulo, onde venderam (o termo no contrato
era outro) Lizzie Reptoid para a God-Z, uma multinacional suíço-alemã que
investigava mutações genéticas, e voltaram ricos para seu primeiro mandato como
prefeito e vice-prefeita de Castanheira.
Cap. 6 - De como fotos e filmagens de celular vazaram do
Instituto paulistano, e em poucos anos sua proliferação viral deu início às
lendas urbanas sobre uma menina que era uma mistura de alienígena e lagartixa,
se bem que a credibilidade dessas narrativas fosse diminuída pela presença
maciça de fanfics e fanfilms a respeito.
Cap. 7 – De como vários governos, iludidos pelas lendas,
acionaram seus espiões na tentativa de sequestrar Lizzie e conduzi-la a bunkers
subterrâneos onde a aguardava um destino pior do que a morte.
Cap. 8 – De como, enquanto isto, Lizzie, agora com 14 anos,
era investigada, examinada, analisada e sampleada, num bunker da própria God-Z,
pelos geneticistas da God-Z, que abriram seu código e começaram a fazer
experiências.
Cap. 9 – Da natureza críptica e classificada dessas
experiências, o que impede recontá-las.
Um comentário:
É por isso que eu amo esse blog: sempre me surpreende!
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