domingo, 13 de junho de 2010

2144) Tecnologias obsoletas (21.1.2010)



(retrofizz.com)

Um artigo no websaite IDG NOW enumera dez tecnologias obsoletas que “devem ser esquecidas” em 2010, e explica por quê. Pra mim não ficou muito claro se esse “devem ser esquecidas” é para ser lido como uma profecia ou como um mero desejo do redator (“dez tecnologias que bem que podiam ser esquecidas...”). O autor do texto, Mike Elgan, começa sua lista com os aparelhos de fax, que, segundo ele, se tornaram obsoletos quinze anos atrás. De fato, o último rolo de papel de fax que eu comprei foi em 2007. Não uso nunca; mas como meu aparelho é conjugado com telefone e secretária eletrônica, não tenho porque livrar-me dele. Inclusive porque quando a Internet dá pane (sim, isso existe) tenho a opção de receber ou mandar um texto urgente por fax.

Elgan diz que locadoras de DVDs não têm mais razão de existir: “Filmes não são mais do que arquivos digitais. Você pode baixá-los ou receber um disco por correspondência”. Neste ponto eu discordo. Nem todo mundo ainda baixa filmes na Internet – eu pelo menos não o faço. E ir à locadora, pelo menos na rua em que moro, é um pretexto para encontrar os vizinhos, bater papo, comentar este ou aquele filme, e no fim alugar um. Por mais que existam twitters e orkuts e facebooks, este tipo de contato humano não precisa ser substituído.

Taí uma pedra que vive sendo cantada e não bateu: CDs de música. Para Mike Elgan, “os CDs musicais funcionam perfeitamente, mas não possuem nenhuma vantagem significativa sobre mídia que pode ser baixada, como arquivos MP3. CDs são um problema para o meio ambiente, são frágeis e inconvenientes para transporte. É possível migrar para um acervo digital, baseado em arquivos, com funções de busca, backups e que possa ser carregado de qualquer lugar.” Todo mundo está fazendo isso, mas bote mais uma década para o CD sumir.

Uma informação útil é a de que o “www” ao digitar um endereço de Internet já está tão obsoleto e redundante quando o “http”. Diz Elgan: “Os administradores de rede podem escolher se um endereço precisa tecnicamente de um www. Mas os navegadores complementam essa informação mesmo quando ela não é digitada. É por isso que o www como parte de um endereço, seja impresso em um cartão de visita ou digitado no navegador, é sempre desnecessário. Paramos de usar o HTTP:// anos atrás, e também é hora de parar de usar o www.” Vou botar em prática pra ver se é mesmo.

O artigo ainda condena à obsolescência coisas como cartões de visita, acendedores de cigarro nos automóveis, controles remotos (cuja função será absorvida pelos smartphones), telefones fixos e cadastros redundantes onde precisamos digitar cidade, estado e CEP (a informação sobre cidade e estado já está contida no número do CEP). Ele questiona também o rádio via satélite, porque a Internet já provê isto, mas é o tipo da previsão apressada, porque não faria sentido abrir mão de um canal só porque apareceu outro. Sempre haverá ocasiões em que o canal antigo será necessário.

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