O criador do Netscape, Marc Andreesen, diz, curto e grosso: “Se você procurar a palavra ‘traidor’ numa enciclopédia, vai achar uma foto de Edward Snowden”.
Diz Bill Gates: “Ele violou a lei, então eu certamente não o considero um herói. Ele não tem muita admiração de minha parte.”
A CIA (onde ele trabalhava) e o FBI ganharão a megassena no dia em que botarem as mãos nele. Edward Snowden é mais um norte-americano (como Daniel Ellsberg, que divulgou os “papéis do Pentágono” durante a Guerra do Vietnam) que aceitaram se tornar um Judas diante de todo o seu país, por motivos de consciência.
Snowden trabalhava em tecnologia da informação para a CIA
e depois para a National Security Agency, e percebeu os desmandos que essas
entidades praticavam contra o cidadão comum, violando emails e telefonemas,
espionando pessoas sem autorização judicial, colocando filtros de investigação
em canais públicos e privados onde não tinham o direito de fazê-lo.
Ele era funcionário de alto escalão, com acesso a senhas e códigos. Um belo dia, encheu o bolso de pendraives com documentos secretos a que teve acesso (cerca de 1 milhão e 700 mil) e fugiu para Hong Kong. O material que ele copiou está hoje nas mãos de três grupos de jornalistas.
Ele era funcionário de alto escalão, com acesso a senhas e códigos. Um belo dia, encheu o bolso de pendraives com documentos secretos a que teve acesso (cerca de 1 milhão e 700 mil) e fugiu para Hong Kong. O material que ele copiou está hoje nas mãos de três grupos de jornalistas.
Refugiou-se na Rússia, enquanto os EUA torciam para que
ele entrasse num avião que pudesse ser forçado a aterrissar num país
aliado. Uma situação surrealista: um
norte-americano que defende a liberdade de informação fugindo do governo de
Barack Obama e se refugiando sob o governo de Vladimir Putin. (Nada no mundo é tão preto-ou-branco quanto nossa
preguiça mental gostaria que fosse.)
Na revista Wired de setembro (http://tinyurl.com/q2gqxzz) Snowden diz
como é viver num ambiente onde quem tem o Poder faz o que bem entende:
“É como a história da rã na água fervendo. Você é exposto a um pouquinho de maldade, um pouquinho de violação das regras, um pouquinho de desonestidade, um pouquinho de trapaça, um pouquinho de desserviço ao interesse público, e vai aprendendo a deixar pra lá, e acaba justificando aquilo tudo.”
Antes que a água começasse a ferver pra valer, Snowden pulou fora.
“É como a história da rã na água fervendo. Você é exposto a um pouquinho de maldade, um pouquinho de violação das regras, um pouquinho de desonestidade, um pouquinho de trapaça, um pouquinho de desserviço ao interesse público, e vai aprendendo a deixar pra lá, e acaba justificando aquilo tudo.”
Antes que a água começasse a ferver pra valer, Snowden pulou fora.
Foi Judas quem aceitou praticar a pior das vilanias: a traição a um amigo. E sofrer o castigo que nunca se apaga: o da infâmia. Cada vez que execramos Judas, aumentamos o preço que ele (o verdadeiro filho de Deus) pagou para nos salvar.
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