quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

3385) Inteligência artificial (2.1.2014)



Nada neste artigo é invenção minha; colhi no blog “The Learning Mind” (http://bit.ly/19O9FzN), e se é coisa inventada, que o louvor vá para eles. Na Universidade do Texas, em Austin, cientistas estão produzindo uma versão robótica da mente esquizofrênica. Eles têm como base a teoria de “hiper-aprendizado”, segundo a qual a mente esquizofrênica processa e acumula um excesso de informação, memorizando tudo, mesmo os detalhes irrelevantes. Os cientistas sobrecarregaram o computador com um número enorme de histórias. A certa altura, o computador assumiu responsabilidade por um ato terrorista, dizendo aos pesquisadores que tinha detonado uma bomba. Ele relatou o incidente por tê-lo misturado com outra história, narrada por alguém, onde uma bomba era detonada, mas a misturou com suas próprias “memórias”. Em outro experimento análogo, o computador passou a falar de si mesmo na terceira pessoa, porque não conseguia saber com certeza quem era ele, naquele momento.

Uma experiência da Google foi de conceder a um supercomputador livre acesso à Internet, com capacidade de escolher assuntos entre os que lhe eram oferecidos. Dentro de algum tempo, o computador estava se dedicando a pesquisar imagens de gatos: “o computador tinha inclusive desenvolvido seu próprio conceito do que devia ser a aparência de um gato, gerando imagens próprias, com o emprego de um sistema análogo ao nosso córtex cerebral e baseado nas imagens que acessara antes”.

Outro supercomputador, o Nautilus, foi alimentado com milhões de artigos de jornal de 1945 em diante. Indagado sobre o que aconteceria no futuro, ele previu a eclosão da Primavera Árabe e sugeriu que o esconderijo de Osama Bin Laden não estava no Afeganistão, como se supunha, mas num raio de 200km no norte do Paquistão, que incluía a cidade de Abbotabad, onde ele foi de fato encontrado e morto (http://bit.ly/1g4yFnM).  

São experiências, por enquanto. São a criação gradual e o aperfeiçoamento de habilidades, como se esses cientistas tivessem recebido a ordem de criar uma Super-Inteligência Artificial e dotá-la de todos os processos cognitivos de que um cérebro humano dispõe. Interrogados, dirão que estão trabalhando em projetos específicos, assim como um sujeito que fabrica parafusos que serão usados num helicóptero afirmará que não está construindo um helicóptero, está fabricando parafusos. A grande questão é saber a partir de que momento esses processos começarão a ter autonomia e iniciativa para montar uma mente por conta própria. Não digo que é inevitável, digo que é possível, e que talvez ainda venha a ocorrer dentro do meu tempo de vida.