segunda-feira, 24 de maio de 2010

2067) Os melhores planos dos vilões (23.10.2009)




(Gert Frobe, como Goldfinger)

O saite FilmCritic tem, para desocupados como eu, aquela tradicional seção de listas dos “10 Melhores Isto”, “12 Piores Aquilo”. 

Uma que chamou minha atenção foi a dos Dez Melhores Planos de Vilões. Um bom filme de ação, policial, etc., depende em grande parte do plano maluco ou megalomaníaco concebido pelo vilão. 
 Alguns deles são comentados no saite: http://www.filmcritic.com/misc/emporium.nsf/reviews/The-Ten-Best-Evil-Plans

O plano de Goldfinger no filme homônimo da série James Bond foi, na época, de grande originalidade. Ao invés de tentar roubar o pesadíssimo ouro de Fort Knox, nos EUA, o vilão pretendia torná-lo radioativo com a explosão de um pequeno artefato nuclear, para inviabilizar as reservas norte-americanas, valorizando o ouro do vilão.

Outro golpe hábil é o do vilão do filme Duro de Matar. Querendo ter acesso a um cofre super protegido, ele invade o edifício e anuncia ser aquele um atentado terrorista. Começa a ameaçar os reféns, exigir a libertação de presos, etc., por saber que uma das medidas inevitáveis da polícia, em tais circunstâncias, é desligar a eletricidade do prédio – justamente o que ele precisa para poder ter acesso ao cofre.

O golpe urdido pelo maligno Keyser Soze em Os Suspeitos é igualmente hábil, mas este é um filme que não pode ser livremente discutido sem se estragar a surpresa dos seus minutos finais, que nos forçam a (como fiz) rever o filme inteiro sob outro paradigma. O roteiro é brilhante, e o golpe se baseia numa espécie de gambito no xadrez – a tática que nos faz entregar ao adversário uma peça de menor valor para com isto conseguir algum tipo de situação mais vantajosa.

O pessoal do FilmCritic coloca entre os “melhores planos” alguns que eles mesmos consideram não-tão-melhores-assim. Entre eles, dois de filmes de ficção científica que aprecio bastante, mesmo considerando que seus enredos se baseiam em premissas absurdas. 

O primeiro é O exterminador do futuro de James Cameron. A premissa de mandar um cyborg ao passado para matar a mãe de um futuro líder rebelde é tão clichê na FC que ninguém faz a pergunta que o FilmCritic faz agora: não seria mais fácil matar o líder rebelde lá mesmo no futuro, quando os humanos não passam de um grupo precariamente armado e encurralado por milhares de robôs?

Outra premissa meia-bomba é a do filme Matrix, em que as máquinas dominam o mundo e usam os corpos humanos como fontes de energia, enquanto mantêm suas mentes ocupadas com uma realidade virtual onde eles imaginam viver uma vida suspeitamente semelhante à do nosso presente. 

Centenas de críticos já questionaram a relação custo-benefício dessa situação, e o FilmCritic indaga se não seria mais simples usar bois ou baleias para tanto. Afinal, são mamíferos cujo metabolismo os qualifica como “baterias biológicas” com muito mais energia, além de provavelmente não precisarem de realidade virtual nenhuma.








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