(Orlando Tejo, por Rodrigo)
Está disponível no YouTube (http://bit.ly/IFR927)
o documentário da TV Senado, dirigido por Maurício Melo Jr., O Homem Que Viu
Zé Limeira, sobre o poeta Orlando Tejo e o seu famoso personagem.
Zé Limeira é um personagem épico, no sentido de ser alguém que provavelmente teve existência física mas acabou recebendo uma estatura mitológica. Virou um agregador de lendas, um atrator da imaginação alheia.
O cantador de Tauá tornou-se assim por obra e graça de Orlando Tejo e seu livro Zé Limeira, o Poeta do Absurdo, um dos livros clássicos sobre a Cantoria de Viola, além de sobre Campina Grande e a Paraíba inteira.
Zé Limeira é um personagem épico, no sentido de ser alguém que provavelmente teve existência física mas acabou recebendo uma estatura mitológica. Virou um agregador de lendas, um atrator da imaginação alheia.
O cantador de Tauá tornou-se assim por obra e graça de Orlando Tejo e seu livro Zé Limeira, o Poeta do Absurdo, um dos livros clássicos sobre a Cantoria de Viola, além de sobre Campina Grande e a Paraíba inteira.
Em princípios dos anos 1970, mais ou menos, Orlando Tejo
decidiu-se a colocar no papel as histórias que sabia sobre Zé Limeira, que era
um negro alto, de voz poderosa, e tinha um carisma peculiar onde se misturavam
a simpatia, uma certa ingenuidade ou primitivismo (consta que ele tinha medo de
trem de ferro) e uma capacidade inesgotável para fazer versos sem pé nem
cabeça.
Toda cultura tem seu capítulo de nonsense, e muita gente já
registrou, aqui mesmo no Nordeste, a presença de poetas que dão 100% de atenção
ao som e zero ao sentido. Poetas que vivem para a métrica e a rima, sem dar a
menor bola para o que estão dizendo.
Zé Limeira tornou-se tão famoso, devido ao livro de Tejo, que hoje certamente muitos versos absurdos de outros poetas são transferidos para ele. Isso sem falar nos versos (esta questão é debatida no filme) que teriam sido escritos por Otacílio Batista e outros amigos de Tejo, depois que este se preocupou com a pequena quantidade de versos autênticos que teria recolhido.
Zé Limeira tornou-se tão famoso, devido ao livro de Tejo, que hoje certamente muitos versos absurdos de outros poetas são transferidos para ele. Isso sem falar nos versos (esta questão é debatida no filme) que teriam sido escritos por Otacílio Batista e outros amigos de Tejo, depois que este se preocupou com a pequena quantidade de versos autênticos que teria recolhido.
Poeta contando história, os versos que achou são poucos? Não
tem problema, qualquer um faz mais. Não é tão difícil, havendo um tal
precedente.
Quando eu fazia parte da Comissão de Seleção do Congresso Nacional de Violeiros, em Campina, incluí o mote “Se eu quiser eu também faço / igualzinho a Zé Limeira”, que é glosado até hoje, e aparece também no filme.
Zé Limeira virou um estilo, pouco importa a pessoa.
Quando eu fazia parte da Comissão de Seleção do Congresso Nacional de Violeiros, em Campina, incluí o mote “Se eu quiser eu também faço / igualzinho a Zé Limeira”, que é glosado até hoje, e aparece também no filme.
Zé Limeira virou um estilo, pouco importa a pessoa.
Boêmio, gozador, improvisador fino, gente boa até a medula, Orlando Tejo deveria ter sua obra poética esparsa reunida em livro, e se isto acontecer um dia talvez ele acabe se tornando mais famoso do que sua mais famosa criação.
Meu grande amigo da juventude foi Walter Tejo, irmão de Orlando...Gostaria ter noticias dêle...Alguem me pode informar?
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