terça-feira, 4 de dezembro de 2012

3047) Molyneux e os games (4.12.2012)







A revista “Wired” de novembro trouxe uma interessante matéria sobre Peter Molyneux, criador de videogames famosos como “Populous” (1989), “Theme Park” (1994), “Dungeon Keeper” (1997), “Black x White” (2001). Ele percorreu uma rápida carreira um tanto parecida com a de George Lucas. O sucesso como criador o conduziu a posições cada vez mais altas na cadeia de comando. Segundo a revista, a partir da série “Fable” (2004 em diante), Molyneux vendeu sua empresa para a Microsoft e pareceu entrar num declive de criatividade. Não tinha mais as idéias originais e surpreendentes que lhe deram fama. Estava, como se diz, tocando a bola no meio de campo, envolvido cada vez mais com a administração e menos com a imaginação criadora.

Surgiu então no Twitter um “alter ego” que se apresentava como “Peter Molydeux” (com a sugestão de ser um “duplo” sutilmente implantada, “dois”,  no nome). Esse tuiteiro desconhecido posava de criador de games e lançava para o alto uma série de idéias para jogos, desde as mais impossíveis e absurdas até as mais intrigantes e realizáveis. Dizia ele, em 140 caracteres: “Você vive numa casinha feita de armas de fogo. Você precisa usar as armas para se proteger, mas também precisa manter seus filhos protegidos por paredes e teto”. “Um jogo de guerra em que, no final, você caminha por um cemitério olhando para as lápides de todos os que você matou e fazendo um minuto de silêncio em cada uma”. “Imagine um jogo que dura para sempre onde seus filhos e seus netos prosseguirão, usando seu perfil”. “E se seu corpo fosse em forma de ampulheta? Um game intensamente acrobático onde você tem que manter a areia sempre caindo, sem nunca parar”.

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