domingo, 31 de julho de 2011

2623) Dicionário Aldebarã (31.7.2011)



A civilização humanóide de Aldebarã-5 possui uma complexa civilização muito influenciada pelos colonizadores terrestres. Seu vocabulário exprime as características da natureza de seu planeta, e o seu modo de observar os fenômenos da psicologia e da cultura. Confiram os verbetes abaixo, recolhidos, meio ao acaso, do Pequeno Dicionário Interplanetário de Bolso.

“Espyrygh”: a sensação repentina que experimentamos quando abrimos uma porta num corredor, ou na casa de alguém, e constatamos que era a porta errada.

“Sassdikl”: pequenas caixas metálicas colocadas nas esquinas, nas quais os transeuntes depositam esmolas e os mendigos retiram a quantia que estão necessitando no momento.

“Chiskortin”: conspiração ou golpe vigarista em que duas pessoas fingem não se conhecer para criar uma situação em que possam abusar da credulidade de uma terceira.

“Lumbanq”: pequeno roedor silvestre que os aldebarãs alimentam com ervas variadas e amarram a uma árvore, cujo tronco ele esculpe com os dentes, em arabescos muito apreciados pelo mercado de artesanato local.

“Endobs”: verrugas de pele que costumam inchar e ficar doloridas quando um aldebarã se aproxima de um local onde pode correr risco de sofrer um acidente grave.

“Nulti-nulti”: jogo em que cada participante põe numa lata um número qualquer de pedrinhas e tira outro número, e no final ganha quem adivinhar quantas pedrinhas restaram.

“Nhiabra”: espécie de talher que consiste em duas colheres justapostas, com o qual se aperta a comida, transformando-a num pequeno bolo compacto e misturado.

“Irnizz”: sentimento muito presente em membros de uma mesma família, que sabem não ter nenhum motivo concreto para não aguentar a presença constante dos parentes, mas não aguentam mesmo assim.

“Lobiond”: lençóis de cama recobertos por uma fina camada de âmbar, que produzem leves choques de eletricidade estática, muito apreciados pelos aldebarãs.

“Malôzis”: um tipo de pregação moral-religiosa dos sacerdotes aldebarãs que só se encerra quando todos os membros presentes da congregação mergulham em sono profundo, o que é considerado um contato com o Criador.

“Estlands”: pessoas que se conhecem apenas de vista e se cumprimentam, mas nada sabem sobre a outra e durante a vida inteira fazem conjeturas baseadas na mudança de roupas, de aparência, de atitudes, etc.

“Ostengy”: nome genérico para o hábito aldebarã de determinar de forma rígida e obrigatória o cardápio de alimentação das pessoas de acordo com sua faixa etária, punindo severamente os transgressores.

“Sflars”: conjunto de máscaras cerimoniais superpostas que o casal de noivos coloca na véspera do casamento e vai retirando sucessivamente ao longo da cerimônia, da festa e da noite de núpcias.

“Ollionys”: pequenos brinquedos que os fabricantes colocam dentro dos sabonetes para que as crianças os encontrem ao tomar banho.

“Gertiklans”: a irritação irracional que sentimos quando uma máquina não obedece nossos comandos.

4 comentários:

  1. Grasst rishki frist goshty !!!
    Prus quiv jurr dak?

    Burr güid wal der ganis...

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  2. Interessante.
    “Espyrygh” = pra mim é frustração.
    “Sassdikl” parece mais um gasofilácio pobretão.
    “Chiskortin” = golpe do viúvo?
    “Lumbanq” = queria um coelho desses aqui.
    “Endobs” = seria útil.
    “Nulti-nulti” = me parece mais a boa e velha porrinha.
    “Nhiabra” = seria engraçado ver isso.
    “Irnizz” = às vezes tenho isso. Sério!
    “Lobiond” = num motel BDSM faria o maior sucesso.
    “Malôzis” = já tem muito Malôzis aqui na Terra.
    “Estlands” = tá cheio disso nas redes sociais.
    “Ostengy” = papai fazia Ostengy, me obrigando a comer verduras.
    “Sflars” = complexo, rsrs.
    “Ollionys” = boa ideia, deviam fazer isso aqui.
    “Gertiklans” = iiihhh, já fiz muito Gertiklans com meu computador.

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  3. "Chiskortin" - Apesar de ser um golpe conhecido até aqui na terra, minha cunhada caiu nele e tomou 21 mil reais brasileiros de prejuizo.

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