Artigos de Braulio Tavares em sua coluna diária no "Jornal da Paraíba" (Campina Grande-PB), desde o 0001 (23 de março de 2003) até o 4098 (10 de abril de 2016). Do 4099 em diante, os textos estão sendo publicados apenas neste blog, devido ao fim da publicação do jornal impresso.
domingo, 21 de março de 2010
1805) Nem patrimônio nem matrimônio (21.12.2008)
(resultado da busca no Google por "toxic wife")
A crise financeira mundial não está apenas evaporando o patrimônio de muitos milionários mundo afora: está fazendo o mesmo com seus matrimônios. Fico compadecido ao ver esses altos executivos, gente que embolsa centenas de milhões de dólares por ano em salários e mordomias, sendo abandonados pelas esculturais esposas que exibiam nas festas. Uma matéria sardônica de Tara Winter Wilson, no The Telegraph, faz um raio-X impiedoso de alguns divórcios que têm pipocado às centenas nos altos escalões do empresariado.
Ela fala do caso de Sasha, cujo marido perdeu o emprego no centro financeiro de Londres e cancelou a compra de um chalé de 3,4 milhões de libras, cuja decoração ela já estava encomendando. O que fez Sasha? Separou-se do marido e o processou por “crueldade mental”. Outro casal, Jack e Katie, que vivem numa mansão de um milhão de libras, foi às vias de fato quanto ele lhe comunicou a necessidade de um corte nos gastos. Não apenas as 53 mil libras anuais pelo colégio dos dois filhos, mas a redução das despesas com salão de beleza, um corte no cartão de crédito, e a redução do “staff” de empregados do Leste Europeu que a seguia por toda parte. A polícia (chamada pela filha pequena) veio em socorro de Jack, com o rosto partido por um vaso caríssimo.
Tara Wilson criou a expressão “Toxic Wife” (Esposa Veneno) para designar essas beldades que casam com tubarões-da-grana de olho no seu dinheiro, e batem em retirada quando o dinheiro desaparece, para fisgar em seguida outro milionário desatento. Ela a define como “a mulher que larga o trabalho assim que se casa, em princípio para criar um lar estável para os filhos que virão, mas que logo em seguida aluga um exército de criados para cuidar das tarefas domésticas, ficando com todo o tempo livre para fazer compras, ir aos restaurantes e desfrutar do luxo”.
Desde o colapso financeiro de setembro passado, os pedidos de divórcio na Inglaterra aumentaram 50%. Diz Wilson: “Essas caçadoras de riquezas são materialistas a um ponto tal que não têm a menor consideração por outras pessoas. Falta-lhes empatia com outros seres humanos.” Um marido abandonado descreve assim a ex-esposa: “Ela tem a personalidade de uma criança mimada, que começa a gritar no momento em que lhe tiram da mão um brinquedo”. Susie Ambrose, uma conselheira matrimonial de alto nível, diz que tais mulheres são exatamente como os homens de negócios com quem se casam: frias e implacáveis, quando se trata de dinheiro. “Não importa se o marido é gordo, velho, careca, pouco atraente: é no dinheiro que elas estão interessadas”. Susie ministra cursos (cujo preço vai de 10 mil a 60 mil libras) ensinando os homens a distinguir entre essas “esposas veneno” e as mulheres sinceras. Há alguma lógica na cobrança de uma taxa tão alta – quem não pode pagar pelo curso também não corre o risco de ser vítima delas. A natureza é sábia, amigos. Um brinde à nossa pindaíba!
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