Heng Sin-Yu, 33 anos, Macau, estava trabalhando à noite no seu apartamento e foi à janela fumar um cigarro quando viu cruzando o céu um ponto de luz vermelha que deixava atrás de si um rastro de fagulhas amareladas, e a única coisa que lhe veio à mente foi que alguém no firmamento estava fumando também.
Terzio
Pastore, 61 anos, Ravena, passou mais de dez anos frequentando uma colina próxima
à fazenda onde vivia, colina esta que se dizia ser frequentada por
extraterrestres, e a única coisa estranha que viu em todo esse tempo foi uma
gigantesca forma metálica quadrada, maior que a colina, elevando-se ao céu por
trás dela, mas como não correspondia à forma de um disco ele decidiu não levar
em consideração, e nada publicou.
Camille
Nguyen, 62 anos, Pnom Penh, descreveu à imprensa local o artefato que pousou no
arrozal perto de sua casa como “uma fila de contêiners de navio enganchados como
uma correntinha de clipes e girando em volta de um globo-da-morte com mais de
mil motocicletas dentro e uma abertura por onde saíam nuvens com asas e patas”,
e a imprensa agradeceu e foi embora.
Paulo
César Tostes, 41 anos, Natal, vinha dirigindo à noite pela estrada que leva a
Mossoró quando viu uma banda inteira do céu se esverdear, e erguer-se ali uma
semi-esfera verde-limão que ficou suspensa no ar e depois voltou a descer,
escondendo-se atrás do horizonte. Nessa mesma noite ele deixou de beber.
Laura
Rimanelli, 38 anos, Firenze, viu de madrugada uma estrela muito branca no céu,
imóvel, tão imóvel que horas depois o céu inteiro tinha girado e ela continuava
ali, como se estivesse vigiando, fotografando algo, e como Laura vestia apenas
uma camisolinha bem fininha e transparente achou melhor recolher-se para longe
da curiosidade erótica dos marcianos, portanto voltou ao quarto e acordou o
marido para os folguedos noturnos.
Baldomiro
de Sousa Dias, 55 anos, Campina Grande, estava certa noite olhando as águas do
Açude Velho da janela do seu 15O andar quando viu uma formação em
forma de V com mais de vinte naves passando silenciosamente, piscando em cores
variadas, mas quando ergueu os olhos para o céu não viu nada, o que o fez
pensar no conceito de “objetos submarinos não identificados”.