sábado, 5 de setembro de 2015

3912) 7 Ovnis (6.9.2015)




Heng Sin-Yu, 33 anos, Macau, estava trabalhando à noite no seu apartamento e foi à janela fumar um cigarro quando viu cruzando o céu um ponto de luz vermelha que deixava atrás de si um rastro de fagulhas amareladas, e a única coisa que lhe veio à mente foi que alguém no firmamento estava fumando também.

Terzio Pastore, 61 anos, Ravena, passou mais de dez anos frequentando uma colina próxima à fazenda onde vivia, colina esta que se dizia ser frequentada por extraterrestres, e a única coisa estranha que viu em todo esse tempo foi uma gigantesca forma metálica quadrada, maior que a colina, elevando-se ao céu por trás dela, mas como não correspondia à forma de um disco ele decidiu não levar em consideração, e nada publicou.

Camille Nguyen, 62 anos, Pnom Penh, descreveu à imprensa local o artefato que pousou no arrozal perto de sua casa como “uma fila de contêiners de navio enganchados como uma correntinha de clipes e girando em volta de um globo-da-morte com mais de mil motocicletas dentro e uma abertura por onde saíam nuvens com asas e patas”, e a imprensa agradeceu e foi embora.

Paulo César Tostes, 41 anos, Natal, vinha dirigindo à noite pela estrada que leva a Mossoró quando viu uma banda inteira do céu se esverdear, e erguer-se ali uma semi-esfera verde-limão que ficou suspensa no ar e depois voltou a descer, escondendo-se atrás do horizonte. Nessa mesma noite ele deixou de beber.

Laura Rimanelli, 38 anos, Firenze, viu de madrugada uma estrela muito branca no céu, imóvel, tão imóvel que horas depois o céu inteiro tinha girado e ela continuava ali, como se estivesse vigiando, fotografando algo, e como Laura vestia apenas uma camisolinha bem fininha e transparente achou melhor recolher-se para longe da curiosidade erótica dos marcianos, portanto voltou ao quarto e acordou o marido para os folguedos noturnos.

Baldomiro de Sousa Dias, 55 anos, Campina Grande, estava certa noite olhando as águas do Açude Velho da janela do seu 15O andar quando viu uma formação em forma de V com mais de vinte naves passando silenciosamente, piscando em cores variadas, mas quando ergueu os olhos para o céu não viu nada, o que o fez pensar no conceito de “objetos submarinos não identificados”.

Sarah Rosten, 22 anos, Roterdam, estava comprando um sorvete no parque quando avistou um brilho avermelhado no céu azul, de onde desceu um facho de luz que a abduziu, levou-a para o planeta Zadykstra, onde ela se tornou embaixatriz da Terra, casou com o príncipe herdeiro, governou num palácio de cristal e ônix, morreu aos 97 anos aclamada pelos descamisados locais, recebeu o troco e o sorvete e voltou para casa pensativa.

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