(foto: navio negreiro, por Marc Ferrez)
A revista
eletrônica Salon perguntou a ativistas e escritores negros que atitudes
podiam ser tomadas, por pessoas brancas, para combater o racismo nos EUA. Algumas
respostas (http://tinyurl.com/pbhj8hd)
indicam caminhos para isto, numa época de tanto conflito e de tanta violência,
como vimos recentemente em Baltimore. (Sem falar no Brasil, claro.) Para Kali
Holloway, que escreveu a matéria, “abordar o racismo e a desigualdade racial
como um branco aliado é necessariamente desconfortável e difícil. Implica em
pôr de lado defesas pessoais para reconhecer as maneiras como nós, brancos,
consciente ou inconscientemente apoiamos a supremacia dos brancos. Significa
desafiar a si mesmo a reconhecer a existência dos privilégios, e do fato de que
nos beneficiamos deles, pessoalmente.”
Brittney Cooper,
co-fundadora do Salon sugere que não basta a um simpatizante branco ir às comunidades
negras para manifestar apoio, mas também proclamar sem medo esse apoio quando
estiver cercado apenas de brancos, e usar seus privilégios para confrontar as
injustiças raciais quando as presenciar, seja no mercadinho da esquina ou na
sala de reuniões da diretoria. A escritora Daisy Hernández (A Cup of Water
Under My Bed: a Memoir) aconselha o pessoal a prestar atenção na linguagem
quando estiver lendo ou escrevendo. Quando a polícia atira em alguém na rua, o
texto se refere a um “estudante” ou a um “jovem negro”? Falar e escrever
significa fazer escolhas verbais que definem nossa atitude, e essas escolhas
muitas vezes são herdadas inconscientemente.
Arthur Chu,
colaborador de Salon, aconselha os brancos a lerem algum livro: “É mais
barato do que pagar por uma aula, e infinitamente melhor do que tentar estudar
o assunto com opiniões de terceira ou quarta mão fazendo perguntas via Twitter.
Se você tem amigos negros ou asiáticos, é muito melhor perguntar qual o livro
que eles lhe recomendam do que pedir a eles que lhe expliquem ali, na hora, a
questão racial.” Rebecca Carroll, colaboradora do Guardian, levanta entre
outras questões esta, muito simples, citando a atriz Amandla Stenberg, a Rue de Jogos Vorazes: “Que tal se a gente gostasse das pessoas negras tanto quanto
gosta da cultura negra?”.
"O privilégio é uma moeda, uma arma, um poder; que a gente recebe sem pedir, quando nasce, e resolve como vai usar, quando cresce."
ResponderExcluirFANTÁSTICO!