Um dos tipos mais perniciosos de turista é o turista idiota, o turista que tem alguma grana mas é burro, desinformado, tem mentalidade tacanha.
O saite
Blogdramedy (uma contração de “blog + drama + comedy”?) transcreve uma porção
de reclamações feitas por turistas que compraram pacotes da Thomas Cook
Vacations (da Inglaterra) para viajar por diferentes lugares do mundo mas
sentiram-se enganados ou prejudicados de alguma forma. A gente não sabe se
gargalha pelo ridículo alheio ou se chora com pena da humanidade.
Não devo ser muito severo com essas pessoas,
porque eu não seria severo com os matutos de Cabrobó se reclamassem do que os
incomodou num hotel 5 estrelas de Paris. Gente ignorante e bronca existe em
todo canto. E nas nações e regiões mais ricas existem pessoas broncas e
ignorantes que conseguiram a duras penas (são burras) amealhar uns cobres para
fazer turismo por um mundo que não conhecem, que nunca tiveram tempo de
estudar, um mundo que as incomoda por ser diferente do seu, e que, no
raciocínio defensivo delas, precisa ser modificado para se adaptar aos seus
gostos, porque afinal “elas estão pagando caro pela viagem de férias”.
“É
muita preguiça dos lojistas de Puerto Vallarta fecharem à tarde. Precisei às
vezes comprar coisas durante a hora de ‘siesta’, que devia ser proibida”. Bem, o
imperialismo nasceu dessa necessidade de invadir os outros países para forçar
aquelas pessoas a se comportar de acordo com os costumes da Inglaterra, e não
com os deles.
Outra madame reclama: “No meu passeio em Goa, na Índia,
desagradou-me ver que quase todos os restaurantes serviam curry. Não gosto de
comida apimentada”. Pois é, não custava nada ter permanecido em Manchester
tomando chá com biscoitos.
Outro cliente é mais radical e protesta: “Fomos
passar as férias na Espanha e tivemos problemas com os taxistas, que eram todos
espanhóis”. Outro, mais radical ainda: “Havia muitos espanhóis por lá. Os
recepcionistas falavam espanhol, a comida era espanhola. Ninguém nos avisou que
haveria tantos estrangeiros”.
“A
praia era muito cheia de areia e tínhamos que limpar tudo ao voltar para o
hotel”, queixa-se um que nunca viu praia na vida. Outro protesta: “A areia não
era como a que aparece nas fotos do panfleto. A das fotos é branca mas a de lá
era mais amarelada.” Difícil atender um consumidor tão exigente.
Outra madame
observa: “Não deviam permitir às moças fazer topless na praia. Isso ficava distraindo
meu marido, quando tudo que ele queria era relaxar”. Valei-me, Santa Inocência.
“Fui mordido por um mosquito,” queixa-se outro, “e o panfleto não avisou que
haveria mosquitos”.
O famoso etnocentrismo! Lamentável isso!
ResponderExcluirMudando de assunto, Bráulio, escrevi um martelo agalopado, que publiquei no blog recentemente e que gostaria que passasse pelo seu crivo. Se puder, dá uma conferida. Abraço!
Não me impressiona nada já que vivo rodeado de "Tea Baggers"
ResponderExcluirBraulio, nós somos pensadores.deve ser gene,sei lá,mas o que devemos fazer, é as pessoas pensarem,já que elas não tomam iniciativa.já visse aqueles livros de frases de pensadores? certos leitores que pensam que pensam,compram aqueles livros,repetem as frases,mas não fazem nenhum esforço pra pensar.
ResponderExcluirÉ sempre assim, quem tem dinheiro ( é o caso dos turistas), se acham no direito de até mudar o cotidiano de um povo.
ResponderExcluirMario Quintana dizia: viajar é mudar os móveis do quarto de lugar.
ResponderExcluirPensemos...
O ser humano é idiota. O único mundo que existe é o mundo que você conhece. Naturalmente qualquer um de nós vai ser o idiota da vez em algum lugar ou acontecimento desconhecido.
ResponderExcluirNão me avisaram que na China ia ter tanto chinês. Se soubesse, não tinha ido.
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