domingo, 16 de junho de 2013

3214) Bloomsday (16.6.2013)






(Joyce, por Charles Burns)



O Bloomsday, comemorado em 16 de junho, é o dia das homenagens, libações e brincadeiras dedicadas à memória de James Joyce (1882-1941). 

Para os que não sabem, é o dia em que ocorre a ação completa do romance mais famoso do escritor, o Ulisses (1922). Ele quis celebrar o dia de seu primeiro encontro com sua futura esposa, Nora Barnacle, e com isto consagrou o 16 de junho como um dos dias mais famosos da literatura.

Ulisses já tem três traduções brasileiras, as de Antonio Houaiss, Bernardina Pinheiro e Caetano Galindo, mas as obras mais acessíveis do autor são Dublinenses e Retrato do Artista Quando Jovem

Joyce criou para si (ajudado por discípulos, exegetas e herdeiros) um mito complexo que atraiu pessoas diferentes por motivos diferentes. Ele é o Gênio Incompreendido, o Quase-Cego Que Sabia Tudo De Cor, o Escritor de Textos Indecifráveis, o Poeta Ribaldo do Submundo, o Erudito Sem Disciplina. 

Era cheio de facetas inconciliáveis, e seus seguidores às vezes se acusam mutuamente de estarem distorcendo seu pensamento ou de “não terem entendido” sua obra.

Quem quiser estudar mais a fundo o Ulisses, tem muitos caminhos. 

O saite “Notes on Ulysses” de Gerry Carlin e Mair Evans (http://bit.ly/ok9mzM) é um índice comentado de todos os episódios do livro, e ajuda o leitor a se orientar na leitura e na busca de referências.  

O guia de John P. Anderson (http://bit.ly/192MS0L) oferece 25 páginas grátis e as 613 páginas (em PDF) por 17 dólares; dá pra conferir se vale a pena.  

“Ulysses: The Classical Text” (http://bit.ly/wjCd2R) é um saite com facsímiles de documentos sobre as querelas editoriais, jurídicas e autorais do livro, bom para quem quiser se aprofundar nessa história tão espinhosa. 

“Ineluctable Modality” (http://bit.ly/12DXV1s) é um saite dedicado a imagens de diversos artistas (britânicos, na maioria) inspirados pela obra de Joyce.

Por outro lado, “James Joyce Music” (http://bit.ly/cT6MFm) é dedicado a todas as aparições de música nas obras de Joyce (que tocava violão e gostava de cantar cançonetas obscuras); é possível adquirir o CD. 

Se você quer ler Ulisses mas se perde na geografia, o “Mapping Bloomsday” (http://bit.ly/y5Zd3I) dá um auxílio cartográfico bastante útil. 

Uma medida do sucesso de Joyce é a existência deste saite (http://nyti.ms/12jSByT), que reúne tudo já publicado sobre ele no New York Times a partir de 1919. 

E finalmente o saite The Modern Word (www.themodernword.com), do qual sou colaborador (e de onde retirei estes links), tem a página “The Brazen Head” com uma espantosa quantidade de material de e sobre Joyce, sua vida e sua obra. Sendo assim... Cuidado na vida, e mãos à obra!








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