A lista é longa e heterogênea, e mistura desde alguns herméticos segredos de processamento de dados ou de programação de computadores, envolvendo sistemas ou linguagens que não se usam mais, até bobagens cotidianas. Mas são muito úteis, por exemplo, para quem quer escrever um conto ou romance ambientado 10 ou 20 anos atrás.
Tendemos a esquecer (ou no caso dos mais jovens, a não saber) como se faziam tais e tais coisas naquele tempo. Um leitor ou crítico mais perspicaz pode captar num segundo esses anacronismos ou erros de continuidade, cada vez mais numerosos num mundo que muda depressa.
Cada item tem uma ficha onde se registram os seguintes aspectos: Área (ciência, arte, moda, etc.); Época em que se tornou obsoleto; Tornado obsoleto por (a tecnologia que o suplantou); Conhecimentos requeridos; Em que situações era útil; e em seguida comentários.
Algumas habilidades estão mesmo em desuso, e sugiro ver os itens “Mumificação”, “Caçar um Mamute Peludo”, “Pintar paredes de caverna”, etc. Mas outros fizeram parte da minha vida: “Hifenizar palavras e justificar a margem direita ao datilografar”, “Preencher cartões no arquivo de uma biblioteca”, “Encher uma caneta no tinteiro”, “Ajustar o horizontal e o vertical de um aparelho de TV”, “Rebobinar o filme ao devolvê-lo na locadora”, “Datilografar ponto de exclamação” (digitava-se um apóstrofo, dava-se o retrocesso, e digitava-se um ponto embaixo dele), “Usar uma esferográfica para rodar fita cassete frouxa antes de pôr pra tocar”...
Aos poucos estamos entrando num mundo em que não se usa mais “Amolar navalhas”. Somente os filmes mudos nos lembram que um dia foi preciso saber “Dar partida no carro com uma manivela”. Creio que muitos marinheiros ainda sabem “Usar um sextante”, mas fora da Marinha ninguém sabe nem o que é isso.
O mais interessante é o fato de que, se estamos ficando burros por um lado (desaprendendo coisas) estamos ficando inteligentes (e aprendendo) pelo outro. O ser humano é adaptável. Eu já traduzi dezenas de laudas por dia usando um computador em que para escrever “í” tinha que apertar “Ctrl + 131”, e as outras vogais acentuadas eram Ctrl+197, Ctrl+135... Eu fazia isso com uma velocidade que espantava as pessoas, e agora nem lembro mais como era.
O ser humano é plástico, flexível, maleável, adaptativo. Daqui a 20 anos estaremos dominando habilidades que não somos sequer capazes de imaginar.
Interessante (e deprimente) este verbete de "Habilidade Obsoleta": "COMO VIVER"
ResponderExcluirhttp://obsoleteskills.com/skills/howtolive
Ele começa assim: "People are becoming robots, living life like walking zombies." E, para eu concluir meu comentário pelo blogger, preciso digitar algumas palavras para "Provar que não sou um robô" (Faça vc mesmo para conferir).
Esses "robôs" são na verdade, scripts que os spammers rodam para fazerem buscas aleatórias e encontrar maneiras de automaticamente se cadastrarem e mandar emails. Embora seja feito automaticamente, o robô é um programa simples que não tem como passar por esse teste já que as frases são aleatórias e sem sentido.
ResponderExcluirNao era a tecla CTRL que se usava para escrever letras acentuadas. Era a tecla ALT. :)
ResponderExcluirEncher caneta tinteiro em desuso? Dá um Google por caneta tinteiro.
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