quinta-feira, 30 de abril de 2009

1003) Ainda o WTC (3.6.2006)


(foto: James Nachtwey)

Os Estados Unidos são um lugar úmido e ensolarado onde floresce qualquer semente exótica, principalmente aquelas trazidas por um semeador de más intenções. O país inteiro tem sido uma estufa privilegiada para aquilo que chamamos de “Teorias das Conspirações”, aquelas histórias mirabolantes e paranoicamente plausíveis que nos explicam tudo que existe por trás de tragédias inexplicáveis como a queda de um avião ou de eventos aparentemente anódinos como o bater das asas de uma borboleta.

Num país que disseca o assassinato de Kennedy há mais de 40 anos, o atentado ao World Trade Center em 2001 é um mote que qualquer conspiracionista que se preze sente-se obrigado a ficar glosando até o fim dos tempos. Numa palestra recente em Nova York, um deles afirmou: “Estou aqui para desmontar esse mito ridículo, esse conto-de-fadas absurdo de que aquele atentado foi a obra de dezenove fanáticos, armados com estiletes enviados por um sujeito barbudo que mora no fundo de uma caverna”.

Eu me identifico bastante com algumas dessas teorias (ver “Mistério no World Trade Center”, 2.2.06). Tem muita coisa estranha. Segundo as autoridades, numa rua próxima ao WTC foi encontrado (intacto) o passaporte de um dos terroristas, que estava na cabine do avião no momento do choque. Em matéria de história mal contada por um governo, essa bate todos os recordes. Me lembra uma novela da Globo em que no último capítulo o autor de um assassinato misterioso é descoberto porque a polícia se lembrou de fazer uma nova busca no local do crime, e achou lá a carteira de identidade do assassino, que a deixou cair inadvertidamente durante a fuga!

Nunca um edifício com estrutura de metal desabou por causa de incêndio. Por que motivo naquele dia desabaram três, inclusive o WTC 7, que não foi atingido por aviões? Se o combustível dos aviões queima a 1.800 graus Fahrenheit e o aço derrete a 2.700 graus, como se explica que as torres tenham “derretido” em apenas 56 minutos, como no caso da Torre Sul? Como se encontrou o passaporte de um dos terroristas, e as duas caixas-pretas foram destruídas? E como se explica a intensa negociação de ações da American Airlines e United Airlines, as duas empresas envolvidas, poucos dias antes dos ataques? Quem faz estas perguntas é um cara chamado Webster Tarpley, autor do livro 9/11 Synthetic Terror: Made in USA. Para ele, o 11 de setembro é algo parecido com o ataque de Pearl Harbour em 1941: segundo alguns historiadores, o presidente Roosevelt estava informado de tudo, mas deixou o ataque acontecer para poder declarar guerra ao Japão sem ter que explicar muita coisa.

Sou um homem ocupado, mas se você, caro leitor, quiser aprofundar o assunto, vai encontrar espaços virtuais como “911truth.org,” 911forthetruth.com,” “911truthla.org,” “nakedfor911truth.com,” “911truthemergence.com,” “911citizenswatch.org,” “911research.wtc7.net,” “911review.com”, sei lá o que mais. Não seja o último a ficar sabendo.

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