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A cidade de Evansville (Texas) convive há décadas com o mistério do desaparecimento de uma casa e todos os que viviam nela. Na noite de 15 para 16 de maio de 1935, uma tempestade caiu sobre a cidade, provocando inundação, queda de pontes e de barrancos, e falta de energia elétrica das 23 horas até o amanhecer seguinte. À luz do dia, quando começou a limpeza e a avaliação dos prejuízos, foi constatado que a casa de dois andares onde morava a família do tabelião Ephraim Hogg, 66 anos, sumira por completo. Na colina onde ela se erguia, a cinquenta metros da residência mais próxima, nenhum sinal da casa nem de seus alicerces: o chão estava coberto de mato rasteiro e de pequenas árvores, além de um ninho de térmitas com aparência muito antiga. A família (pai, mãe, três meninos, uma adolescente, uma avó idosa, duas criadas) sumiu sem deixar rastro. Escavações sem muita esperança foram realizadas no local, onde os moradores ergueram depois uma pequena capela votiva com as fotos dos desaparecidos. Dessa data em diante, o único fato novo relacionado ao episódio se deu em maio de 2012, quando a embaixada norte-americana na Cidade do México recebeu a remessa anônima de um baú trancado com cadeado, que depois de aberto revelou conter documentos, fotos e peças de roupa logo identificados como pertencentes aos membros da família Hogg, além de um pacote de jornais do Texas, abrangendo de 1935 até 2001, cujo exame nada revelou de significativo, por enquanto.
Mary Jo Blessingame, 38 anos, atriz, fazia parte do elenco da peça “White Christmas”, em cartaz no Excelsior Theatre, em Baltimore, até a última noite da temporada, em 19 de maio de 1996. A última cena mostrava uma dança entre os doze atores da companhia, seis homens e seis mulheres encarnando personagens de diferentes idades, da mesma família, numa ceia de Natal. Ao longo da música os personagens trocavam de par, num clima de confraternização e alegria. A certa altura, um dos atores ficou sem par e constatou-se a falta de uma das atrizes, que segundos antes estava em pleno palco. Os contra-regras postados junto às saídas de cena garantem que ninguém passou por eles. Infelizmente a peça não foi fotografada nem gravada, de modo que é impossível precisar em que preciso instante ela já não estava mais no palco junto aos companheiros. A peça foi encerrada sem que o público percebesse nada de anormal, mas as investigações começaram nessa mesma noite. Mary Jo Blessingame era solteira, morava sozinha. Nunca mais foi encontrada.
Em 1996, em Bananeiras (Paraíba), o professor Carlos Massilon Torres, 57 anos, precisou consultar um dicionário, e ao recorrer a sua estante verificou a ausência do respectivo volume. Como estava trabalhando em casa nesse dia, foi até a Biblioteca Municipal, que ficava próxima, e lá verificou que a coleção do dicionário de Caldas Aulete, em cinco volumes, estava também desfalcada do último, “Rociada-Zwingliano”. Um telefonema para um amigo acendeu-lhe a desconfiança: o quinto volume deste também tinha sumido. Vinte e quatro horas depois, o professor e seus amigos constataram que o volume 5 de todos os Caldas Aulete da cidade tinham sumido inexplicavelmente das estantes de seus donos, para as quais não retornaram até hoje.
Um homem não identificado desapareceu em questão de segundos, na noite de 6 de janeiro de 2014, após ser atropelado numa estrada secundária perto de Langford, na Inglaterra. O motorista, o coronel reformado Matthew Westcalf, 61 anos, vinha num trecho reto da rodovia, em velocidade razoável, quando de repente emergiu um homem das árvores e atravessou a estrada correndo. O coronel não conseguiu frear e atingiu em cheio o desconhecido, jogando-o para o alto; imediatamente trouxe o carro para o acostamento e desceu para prestar-lhe socorro. Quase no mesmo instante dois carros que vinham logo atrás e viram o atropelamento também pararam, deixando acesos os faróis. Muito nervoso, o coronel constatou que o para-choque dianteiro estava amassado e com manchas de sangue, mas não foi possível localizar o corpo do homem atropelado. A polícia do trânsito foi chamada, buscas minuciosas foram feitas no bosque, num raio de cem metros a partir do local do acidente. O corpo desapareceu por completo. Amostras de sangue e de DNA foram guardadas pela polícia do condado, que até hoje busca uma explicação.
A história da região da Anatólia, na Turquia, relata o polêmico episódio do desaparecimento da Árvore de Ouro, uma relíquia do período hitita, que durante uma guerra no século VI d.C. havia sido guardada numa gruta subterrânea, na lateral de uma colina. Diante da entrada da gruta ficou instalado um acampamento militar, que com o passar dos anos se transformou num quartel-vilarejo. A Árvore (que se dizia ter três metros de altura, com ramos, folhas e frutos cinzelados em ouro puro) nunca mais foi retirada, até que em 1955 o governo decidiu transferi-la para um Museu, em Ankara. Houve grande reação por parte da população local, mas o subterrâneo (que estava emparedado há séculos) foi aberto, constatando-se de imediato a ausência da árvore. Nos meses seguintes a colina inteira foi desmanchada com dinamite e jatos de água. A gruta (que não era muito profunda) foi totalmente exposta, mas não se descobriu qualquer sinal do paradeiro da Árvore de Ouro.
O zoológico de Melbourne guarda ainda em seus arquivos o controvertido relato do que aconteceu em março de 1962 no seu setor de feras tropicais. Cordelion, um dos seus leões mais antigos, nascido no cativeiro, desapareceu inexplicavelmente de sua jaula, na noite de 8 para 9 daquele mês. A primeira ronda dos vigias, ao amanhecer, constatou a jaula vazia, fechaduras intactas, nenhum sinal do animal. Foi dado o alarma, e buscas intensas tiveram lugar durante o dia, enquanto os diretores discutiam a viabilidade de um alarma lançado a toda a população. Foi decidido que o caso seria abafado até terem idéia de para onde a fera teria fugido (a questão do “como” foi posta de lado, por irrespondível). Duas noites depois, num setor onde a vigilância não fora reforçada, Cordelion reapareceu na jaula do tigre Sharkan, intacto e saudável. Numerosos exames foram feitos comprovando que estava bem alimentado (com seu alimento costumeiro) e sem sinais de violência ou dano físico. Mas o tigre desapareceu de modo igualmente inexplicável, e continua assim até hoje.
O Trem de Prata, que durante décadas fez a ligação ferroviária entre o Rio de Janeiro e São Paulo, foi desativado em definitivo a partir de 1998, alegadamente por problemas de manutenção e pela concorrência com a Ponte Aérea. Pesou para esta medida, no entanto, o inexplicável evento que se deu em maio de 1998, quando o trem partiu do Rio de Janeiro, com dez vagões como de hábito, às 20:00, e, sem fazer nenhuma parada no trajeto, chegou ao amanhecer na estação Barra Funda (SP), com um vagão dormitório a menos. A perplexidade dos fiscais e funcionários da RFF era justificada, pois o vagão desaparecido, o sexto, vinha com oito passageiros, distribuídos por três cabines, estando as demais desocupadas (um sinal da decadência que a linha já experimentava). O mais intrigante, contudo, além de impossibilidade material de desaparecimento de um vagão num trem em movimento constante, foi que demonstrou-se impossível recolher informações sobre quaisquer dos passageiros que vinham no vagão. Nenhum familiar ou amigo queixou-se de seu desaparecimento, e os documentos com que se registraram para a viagem (eram no total três homens, quatro mulheres e uma criança) revelaram-se falsos. O caso provocou uma grave crise de responsabilidade administrativa, que contribuiu para o fechamento da linha, menos de um ano depois.
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A realização dos Jogos Estudantis das escolas públicas de Minas Gerais, em junho de 1966, foi marcada por um episódio não esclarecido até hoje. Delegações de várias cidades mineiras vieram a Belo Horizonte para a realização de disputas esportivas que tiveram como local principal o complexo de esportes da Pampulha. Após o encerramento dos Jogos, as autoridades constataram o desaparecimento de seis alunos de diferentes colégios, vindos de diferentes cidades. Ao que parece, todos desapareceram dos alojamentos, ou dos vestiários, ou das arquibancadas onde foram vistos pela última vez pelos colegas, tendo consigo apenas a roupa do corpo, já que sua bagagem e mochilas foram encontradas nos alojamentos, do jeito que eles as deixaram. O que causou um espanto adicional nas autoridades policiais, e nos responsáveis pelas delegações, foi que os seis garotos, cujas idades variavam de doze a dezessete anos, chamavam-se todos Félix (com diferentes sobrenomes). Não se conheciam entre si, pelo que foi apurado; e até hoje nenhum indício foi descoberto sobre o seu paradeiro, bem como sobre as razões para esse sumiço.
(Imagens meramente ilustrativas.)