Artigos de Braulio Tavares em sua coluna diária no "Jornal da Paraíba" (Campina Grande-PB), desde o 0001 (23 de março de 2003) até o 4098 (10 de abril de 2016). Do 4099 em diante, os textos estão sendo publicados apenas neste blog, devido ao fim da publicação do jornal impresso.
sexta-feira, 30 de setembro de 2022
4868) O Universo conspira a meu favor (30.9.2022)
terça-feira, 27 de setembro de 2022
4867) "As Trevas" - de Lord Byron a Castro Alves (27.9.2022)
AS TREVAS
(Traduzido de Lord Byron)
A meu amigo, o dr. Franco Meireles, inspirado
tradutor das Melodias Hebraicas
Tive um sonho que em tudo não foi sonho!...
O sol brilhante se apagara: e os astros,
do eterno espaço na penumbra escura,
sem raios, e sem trilhos, vagueavam.
A terra fria balouçava cega
e tétrica no espaço ermo de lua.
A manhã ia, vinha... e regressava...
Mas não trazia o dia! Os homens pasmos
esqueciam no horror dessas ruínas
suas paixões. E as almas conglobadas
gelavam-se num grito de egoísmo
que demandava "luz". Junto às fogueiras
abrigavam-se... e os tronos e os palácios,
os palácios dos reis, o albergue e a choça
ardiam por fanais. Tinham nas chamas
as cidades morrido. Em torno às brasas
dos seus lares os homens se grupavam,
pra à vez extrema se fitarem juntos.
Feliz de quem vivia junto às lavas
dos vulcões sob a tocha alcantilada!
Hórrida esp'rança acalentava o mundo!
As florestas ardiam!... de hora em hora
caindo se apagavam; crepitando,
lascado o trono desabava em cinzas.
e tudo... tudo as trevas envolviam.
As frontes ao clarão da luz doente
tinham do inferno o aspecto... Quando às vezes
as faíscas das chamas borrifavam-nas.
Uns, de bruços no chão, tapando os olhos
choravam. Sobre as mãos cruzadas — outros —
firmando a barba, desvairados riam.
Outros correndo à toa procuravam
o ardente pasto pra funéreas piras.
Inquietos, no esgar do desvario,
os olhos levantavam pra o céu torvo,
vasto sudário do universo — espectro —,
e após em terra se atirando em raivas,
rangendo os dentes, blasfemos, uivavam!
Lúgubre grito os pássaros selvagens
soltavam, revoando espavoridos
num vôo tonto co’as inúteis asas!
As feras ’stavam mansas e medrosas!
As víboras rojando s’enroscavam
pelos membros dos homens, sibilantes,
mas sem veneno... a fome lhes matavam!
E a guerra, que um momento s’extinguira,
de novo se fartava. Só com sangue
comprava-se o alimento, e após à parte
cada um se sentava taciturno,
pra fartar-se nas trevas infinitas!
Já não havia amor!... O mundo inteiro
era um só pensamento, e o pensamento
era a morte sem glória e sem detença!
O estertor da fome apascentava-se
nas entranhas... Ossada ou carne pútrida
ressupino, insepulto era o cadáver.
Mordiam-se entre si os moribundos:
mesmo os cães se atiravam sobre os donos,
todo exceto um só... que defendia
o cadáver do seu, contra os ataques
dos pássaros, das feras e dos homens,
até que a fome os extinguisse, ou fossem
os dentes frouxos saciar algures!
Ele mesmo alimento não buscava...
Mas, gemendo num uivo longo e triste
morreu lambendo a mão, que inanimada
já não podia lhe pagar o afeto.
Faminta a multidão morrera aos poucos.
Escaparam dous homens tão-somente
de uma grande cidade. E se odiavam.
... Foi junto dos tições quase apagados
de um altar, sobre o qual se amontoaram
sacros objetos pra um profano uso,
que encontraram-se os dous... e, as cinzas mornas
reunindo nas mãos frias dos espectros,
de seus sopros exaustos ao bafejo
uma chama irrisória produziram!...
Ao clarão que tremia sobre as cinzas
olharam-se e morreram dando um grito.
mesmo da própria hediondez morreram,
desconhecendo aquele em cuja fronte
traçara a fome o nome de Duende!
O mundo fez-se um vácuo. A terra esplêndida,
populosa tornou-se numa massa
sem estações, sem árvores, sem erva,
sem verdura, sem homens e sem vida,
caos de morte, inanimada argila!
Calaram-se o oceano, o rio, os lagos!
Nada turbava a solidão profunda!
Os navios no mar apodreciam
sem marujos! Os mastros desabando
dormiam sobre o abismo, sem que ao menos
uma vaga na queda alevantassem.
Tinham morrido as vagas! e jaziam
as marés no seu túmulo... antes delas
a lua que as guiava era já morta!
No estagnado céu murchara o vento;
esvaíram-se as nuvens. E nas trevas
era só trevas o universo inteiro.
Darkness
(George Gordon, Lord Byron)
The bright sun was extinguish'd, and the stars
Did wander darkling in the eternal space,
Rayless, and pathless, and the icy earth
Swung blind and blackening in the moonless air;
Morn came and went—and came, and brought no day,
And men forgot their passions in the dread
Of this their desolation; and all hearts
Were chill'd into a selfish prayer for light:
And they did live by watchfires—and the thrones,
The palaces of crowned kings—the huts,
The habitations of all things which dwell,
Were burnt for beacons; cities were consum'd,
And men were gather'd round their blazing homes
To look once more into each other's face;
Happy were those who dwelt within the eye
Of the volcanos, and their mountain-torch:
A fearful hope was all the world contain'd;
Forests were set on fire—but hour by hour
They fell and faded—and the crackling trunks
Extinguish'd with a crash—and all was black.
The brows of men by the despairing light
Wore an unearthly aspect, as by fits
The flashes fell upon them; some lay down
And hid their eyes and wept; and some did rest
Their chins upon their clenched hands, and smil'd;
And others hurried to and fro, and fed
Their funeral piles with fuel, and look'd up
With mad disquietude on the dull sky,
The pall of a past world; and then again
With curses cast them down upon the dust,
And gnash'd their teeth and howl'd: the wild birds shriek'd
And, terrified, did flutter on the ground,
And flap their useless wings; the wildest brutes
Came tame and tremulous; and vipers crawl'd
And twin'd themselves among the multitude,
Hissing, but stingless—they were slain for food.
And War, which for a moment was no more,
Did glut himself again: a meal was bought
With blood, and each sate sullenly apart
Gorging himself in gloom: no love was left;
All earth was but one thought—and that was death
Immediate and inglorious; and the pang
Of famine fed upon all entrails—men
Died, and their bones were tombless as their flesh;
The meagre by the meagre were devour'd,
Even dogs assail'd their masters, all save one,
And he was faithful to a corse, and kept
The birds and beasts and famish'd men at bay,
Till hunger clung them, or the dropping dead
Lur'd their lank jaws; himself sought out no food,
But with a piteous and perpetual moan,
And a quick desolate cry, licking the hand
Which answer'd not with a caress—he died.
The crowd was famish'd by degrees; but two
Of an enormous city did survive,
And they were enemies: they met beside
The dying embers of an altar-place
Where had been heap'd a mass of holy things
For an unholy usage; they rak'd up,
And shivering scrap'd with their cold skeleton hands
The feeble ashes, and their feeble breath
Blew for a little life, and made a flame
Which was a mockery; then they lifted up
Their eyes as it grew lighter, and beheld
Each other's aspects—saw, and shriek'd, and died—
Even of their mutual hideousness they died,
Unknowing who he was upon whose brow
Famine had written Fiend. The world was void,
The populous and the powerful was a lump,
Seasonless, herbless, treeless, manless, lifeless—
A lump of death—a chaos of hard clay.
The rivers, lakes and ocean all stood still,
And nothing stirr'd within their silent depths;
Ships sailorless lay rotting on the sea,
And their masts fell down piecemeal: as they dropp'd
They slept on the abyss without a surge—
The waves were dead; the tides were in their grave,
The moon, their mistress, had expir'd before;
The winds were wither'd in the stagnant air,
And the clouds perish'd; Darkness had no need
Of aid from them—She was the Universe.
sábado, 24 de setembro de 2022
4866) É verdade esse bilete (24.9.2022)
O professor Douglas R. Hofstadter, um dos meus cientistas favoritos, propôs em
seus livros (principalmente em Gödel, Escher, Bach: an Eternal Golden
Braid, 1979) o conceito de “strange loop”, que pode ser traduzido
aproximadamente por “laço estranho”. Um loop é algum processo
cujo fim se engata no começo, como uma serpente mordendo a ponta da própria
cauda. Usa-se muito em música eletrônica – um loop musical é
em geral um trecho de alguns segundos que se repete, ciclicamente. Toda vez que
chega ao fim, começa outra vez.
O “laço estranho” proposto por Hofstadter é mais complexo. Na definição dele,
ocorre quando movemos através de níveis superpostos, em que cada um é
hierarquicamente superior ao que lhe está por baixo, e quando subimos ou
descemos um nível percebemos inesperadamente que estamos de volta no ponto de
onde partimos.
Aliás, essa sensação desconcertante de estar de volta, sem querer, ao ponto de
partida, é muito explorada em filmes de terror por exemplo – pessoas que querem
fugir de uma cidade mas todas as ruas levam de volta ao lugar ameaçador do qual
querem se distanciar, por exemplo.
É uma situação uncanny, e digo isto porque Freud, em seu
ensaio O Estranho (“The Uncanny”, 1919) relata uma vez, numa
cidade da Itália, em que ele estava andando à toa, e percebeu que tinha entrado
na zona do baixo meretrício local. Toda vez que ele pegava uma rua para se
afastar dali, a rua fazia uma curva e o trazia de volta. Freud explica?...
O problema sugerido por Hofstadter, como falei, é mais complexo. Freud estava
vagando num mesmo nível hierárquico, ou seja, num mesmo plano de realidade (a
cidade italiana). Mas imaginemos dois planos diferentes. A gravura de M. C.
Escher “Print Gallery” mostra um bom exemplo. Um homem, numa galeria de arte,
contempla a gravura de uma cidade; em cada área do quadro os objetos são vistos
num grau maior de aumento, de forma que o edifício mostrado na gravura exibe
uma galeria onde um homem (ele próprio) contempla uma galeria análoga.
A gravura mostrada no quadro contém a cidade, o prédio e a própria galeria onde
a gravura está exposta. Isto é um “laço estranho”. Nós retornamos, sem haver
nenhuma quebra de continuidade aparente, ao ponto onde estávamos. Hofstadter
chama isso de “tangled hierarchies”, hierarquias entrelaçadas – quando em tese
deveriam ser isoladas uma da outra, gravura é gravura, realidade é realidade.
Um exemplo dos mais divertidos é o filme de Woody Allen A Rosa Púrpura
do Cairo, em que se misturam duas hierarquias: o filme que passa na tela,
os espectadores na platéia. Atores descem da tela para a sala, batem boca com
os que continuam lá em cima, num sincronismo perfeito e sem a menor dificuldade
de compreensão para o espectador.
Vou usar de modo um tanto livre esse conceito aplicado a textos. Os exemplos na ficção são inúmeros – livros onde de certa forma a “realidade interna” do livro é quebrada e o mundo do leitor se insinua lá para dentro (ou vice-versa – os personagens “vazam” aqui para fora.) Mas vou usar alguns memes que aparecem recorrentemente nas redes sociais, alguns devem ser inventados, outros autênticos, não importa: importa que sugerem variantes ao conceito de “hierarquias entrelaçadas”.
O primeiro deles é o mais famoso, que usei no título. O garoto, ao que parece,
escreveu de forma canhestra e infantil um bilhete para os pais. (Vamos supor,
por hipótese de trabalho, que tudo ocorreu assim.)
SENHORES PAES. AMANHÃ NÃO VAI TER AULA POORQUE [sic] PODE SER FERIADO
ASSINADO: TIA. PAULINHA
É VERDADE ESSE BILETE
Existe aí uma tentativa ingênua de falsificar um comunicado oficial do colégio. Que já desmorona no aspecto material: o papelucho rasgado, a caligrafia denunciadora, etc. O garoto terá feito isto a sério? Ele chegou a acreditar que os pais acreditariam? Parece que quando chegou A Hora Da Verdade – a temível hora de botar no papel as nossas Grandes Idéias – a rebordosa da realidade bateu com força e ele foi percebendo a enrascada em que se metera.
O problema aumentou quando ele assinou o nome da professora do único jeito que
sabia: “Tia Paulinha”. E em desespero de causa ele adicionou a frase que hoje é
famosa: “É verdade esse bilete”.
Existe aí um “laço estranho” misturando várias hierarquias: o bilhete
pretensamente real; os “furos”, evidentes até para o falsificador; a frase
em-desespero-de-causa; e por último um fator extra-texto mas não menos
importante – o bilhete (ao que parece), foi entregue, mesmo em plena
auto-decomposição semiótica.
O segundo exemplo é outro que sempre me provoca uma risada de primeira-vez
quando o reencontro nas redes sociais.
Também escrito num pedaço rasgado de um caderno escolar, o recado diz apenas:
Mamãe, a chave está debaixo do tapete.
Ladrão, vai à merda.
Claudete
Quem nunca deixou a chave de casa embaixo do tapete “Bem Vindo” à porta? Ou no
vaso de planta do terraço? Ou no quadro-de-luz? Ou em cima da soleira da porta?
As possibilidades, como sempre, são infinitas. (Eu preciso usar esta frase como
meu epitáfio.)
Claudete começou a escrever o bilhete pensando em deixá-lo na porta,
provavelmente, mas no próprio ato de rabiscar percebeu que não tinha muita
diferença entre deixar a chave à mostra e deixar um bilhete revelando onde ela
estava escondida.
A primeira frase do bilhete é uma informação que se auto-invalida no momento em
que é recebida pela pessoa errada. Claudete se aperreou. Como revelar o local
da chave à mãe, mas não ao possível ladrão? Ela deixou lá, e desabafou:
“Ladrão, vai à merda”.
É um “laço estranho”, porque o bilhete se dirigia a duas pessoas, na certeza de
que qualquer uma das duas que lesse impediria a outra de fazer o mesmo. E o
fato de que o bilhete foi deixado no local (presumo isto, como
hipótese de trabalho) é um “gesto informativo” a mais. Ela confiou que a
possibilidade do bilhete ir parar nas mãos do ladrão era confortavelmente menor
do que de ir para nas mãos da mãe. Deixou o bilhete, e mandou o ladrão à merda.
(No que fez muito bem.)
O terceiro exemplo é também muito gozado, mas aqui não se trata de um recado, e
sim de um diálogo via WhatsApp.
Ciço, acho que tô buchuda.
Watsapp informa: nosso cliente
não utiliza mais esse serviço móvel
para troca de mensagens instantâneas.
Deixa de ser ridículo! Eu sei
que é você! Você escreveu
Whatsapp errado seu imbecil!
Seja um Homem!
Informamos também que estamos
apresentando erros hortográficos
em nossa plataforma de mensagens.
Este é um diálogo literariamente sofisticado, no sentido de que as palavras
dizem uma coisa mas ao mesmo tempo deixam transparecer de maneira cristalina o
que está de verdade acontecendo entre as duas pessoas. A moça que inicia a
conversa, Francisca, é uma pessoa pé-no-chão e nem um pouco boba, porque logo na primeira
resposta ela percebe um erro e entende a manobra de “Ciço”.
Ela reclama, bota o cara no canto da parede. E aí percebemos a cara de pau de
Ciço, que não se dá por achado, não dá o braço a torcer, e recorre ao “laço
estranho” de fingir que é um sistema de respostas automáticas capaz de entender
a acusação que lhe é feita por escrito. E quando ele recorre à mais improvável
das comprovações (“hortográficos”), percebemos que na verdade Ciço não está
querendo convencer a moça de que é o WhatsApp. Está apenas tirando
o corpo fora da situação, com uma manobra metalinguística, mas deixando sua intenção muito clara.
Estes três exemplos mostram mensagens que se detonam a si mesmas, denunciando
as próprias contradições ao entrelaçar diferentes hierarquias: diferentes
vozes, diferentes origens do discurso ou diferentes destinatários.
Para encerrar, vai aqui um exemplo ilustre, que não sei se é verdadeiro porque
o texto é atribuído ao escritor Marcel Proust, mas vem em inglês, e não em
francês, como seria de se esperar. Mas enfim – tudo é literatura.
Minha Cara Senhora
Acabo de perceber que esqueci minha bengala
em sua casa, ontem. Por favor, tenha a gentileza
de entregá-la ao portador deste bilhete.
P.S. – Peço perdão por incomodá-la; acabo de
encontrar minha bengala.
Marcel Proust
quarta-feira, 21 de setembro de 2022
4865) Jean-Luc Godard, o incompreendido (21.9.2022)
Parece que coube a Cacá Diegues esta frase emblemáticas e definitiva: “Para nós, a palavra Cinema é abreviatura de Cinema Americano”. E não lembro agora quem afirmou (com igual precisão) que “os americanos descobriram o segredo do ritmo cinematográfico”.
O filme convencional é um discurso de mão única (da tela para a sala) que visa emocionar o público. O filme de Godard é uma triangulação entre a tela, a sala, e uma presença invisível (o Diretor) que se interpõe o tempo inteiro entre as duas, interrompendo a catarse. Por isso Godard é tão odiado. Interromper a catarse de um espectador de cinema é ainda mais grave do que interromper um espirro ou um orgasmo.
Por volta dos 8 minutos de filme, essa voz anuncia, baixinho: “Para o espectador que chegou atrasado, vamos fornecer umas poucas palavras escolhidas aleatoriamente: Três semanas antes. Um monte de dinheiro. Uma aula de inglês. Uma casa na beira do rio. Uma garota romântica.”
Godard ganhou muitas antipatias por fazer um cinema destinado à inteligência, e não à emoção. É uma forma de fazer cinema – entre muitas. Eu não quereria viver num mundo onde todo mundo filmasse igual a Godard. Ou a Buñuel. Ou a Walt Disney. E quando quero me emocionar, vou assistir Truffaut ou Fellini ou Billy Wilder, que me emocionam sempre.
domingo, 18 de setembro de 2022
4864) "No País da Poesia Popular" (18.9.2022)
Começam hoje, domingo dia 18, as exibições do segundo episódio da série No País da Poesia Popular, no canal “Cine Brasil TV”. O Episódio 2, “História do Romanceiro Nordestino”, será exibido nestes horários:
Domingo, 18 de setembro – 22:30Terça, 20 de setembro – 22:00Quinta, 22 de setembro – 23:30Sexta, 23 de setembro – 11:30Segunda, 26 de setembro – 19:30Quarta, 28 de setembro – 13:00
Aqui no saite do canal Cine Brasil TV é possível checar quais as operadoras:
Episódio 01 - O Folheto e o RepenteEpisódio 02 - História do Romanceiro NordestinoEpisódio 03 - O Jornal do SertãoEpisódio 04 - Quando os Bichos Eram GenteEpisódio 05 - Histórias de Amor e SofrimentoEpisódio 06 - A Fantasia HeróicaEpisódio 07 - As Novelas e os Romances ClássicosEpisódio 08 - Incrível, Fantástico, ExtraordinárioEpisódio 09 - Os Bons, os Maus e os FeiosEpisódio 10 - A Mulher no CordelEpisódio 11 - Utilidade PúblicaEpisódio 12 - Humor e SátiraEpisódio 13 - Cordel e Ficção Científica