Quando aparece uma novidade tecnológica, ela muitas vezes já vem batizada do laboratório (pelos técnicos que a criaram) ou da fábrica (pelos marqueteiros que vão colocá-la ao alcance do público). Mas também acontece do produto sair com um nome e bem depressa a rua batizá-lo de novo. O produto na rua é outra coisa. É como você batizar um filho de Gumercindo e descobrir que no colégio ele virou Gugu.
O
caso do telefone celular é interessante porque nos EUA ele é chamado de “cell
phone” e na Inglaterra de “mobile”, e neste caso, pelo menos, seguimos os EUA.
A gente não diz “Liga amanhã pro meu móvel”, embora a expressão “telefonia
móvel”, para falar da indústria, seja corrente na imprensa e nos documentos
jurídicos.
Um
blog (aqui: http://tinyurl.com/qcroh6c) fez
um levantamento sobre o modo de chamar esse aparelho em vários países. É um
levantamento informal, mas em princípio merece uma olhada. O nome “cellphone” (e
derivados, como “celular”) é predominante nos EUA, Brasil e Filipinas, e
presente na Argentina e Cuba. O termo
“móvel”, nos seus derivados como “mobile”, predomina no Irã, Espanha,
Dinamarca, Reino Unido, Nova Zelândia, Índia, Holanda.
Há
outros termos interessantes, como por
exemplo “portable”, em francês, que se alterna com “mobile”, porque também é
usado para computadores portáteis. A Coréia, a Alemanha, a Indonésia e a China
usam “handphone” (ou “handy”), “telefone de mão”, que é simples e intuitivo. Na Turquia, o também óbvio “pocket phone”,
“telefone de bolso”, que seria o meu preferido numa votação, até porque me
lembra “pocket book”. Israel usa
“Pelefon” que o saite em inglês traduz por “wonder phone”, “fone maravilha”.