O conceito de checkpoint é típico da informática e pode ser
decisivo para a trans-humanidade do futuro, quando formos capazes de transferir
nossas mentes para um suporte eletrônico (“copiar meu cérebro inteiro num
pen-draive”). Nos games de ação, o checkpoint é aquele ponto ao qual você
retorna toda vez que morre.
Digamos que é um jogo de II Guerra Mundial. Você está oculto
no mato, numa colina, vendo lá embaixo uma ponte que precisa atravessar. Na
cabeça de cá da ponte há uma pequena casamata de proteção, ocupada por
inimigos. Você desce a colina atirando granadas, disparando a metralhadora. Os
soldados da casamata respondem ao seu fogo. Ao chegar perto, você é atingido e
morre. Black-out. Quando você recomeça, está de volta ao checkpoint, que é no
mato, sobre a colina.
Mas digamos que você desce atirando, mata os inimigos e se
refugia dentro da casamata. Você conquistou este ponto, e ele é agora o seu checkpoint.
Sua tarefa passa s ser cruzar a ponte sob fogo inimigo e chegar ao lado oposto,
onde há um jipe abandonado que pode ser útil para fugir. Você corre pela ponte,
atirando. Se for atingido e morrer, você já não volta para o mato, na colina;
volta para a casamata, um checkpoint mais avançado. Desse modo, cada posição
conquistada faz com que você não precise recomeçar o jogo do zero, e assim você
vai avançando.
Quem usa computador, quando precisa dar uma mexida mais
profunda, dispõe de um recurso de salvar as configurações do sistema no momento
atual, antes de começar a fazer alterações. Se der uma zebra, é para esses
estado de coisas que você volta, quando botar ele para funcionar de novo. O
mesmo quando a gente aperta “Ctrl + B” para salvar um arquivo. Se o computador
apagar de repente, está tudo salvo até aquele ponto.