A economia informal (aquela que se dá do lado de fora das leis e da fiscalização do Poder Público) é uma grandiosa cordilheira de montanhas, cada uma delas parecendo mais alta do que as outras, dependendo do ponto de vista.
O Tráfico de Drogas, por exemplo, tem crescido exponencialmente nas últimas décadas.
A Pirataria Digital evolui com tal rapidez que se fosse mesmo uma montanha e tentássemos fotografá-la a foto provavelmente sairia borrada, porque ela cresce a olhos vistos.
A Pornografia provavelmente é a mais antiga das três, mas nem por isso perdeu impulso. Pelo contrário; no saite Cracked.com (http://bit.ly/f1kbvp) surge um argumentativo texto de Cezary Jan Strusiewicz sob o título: “Cinco aspectos em que a pornografia criou o mundo moderno”.
O primeiro, segundo ele, são as tecnologias de vídeo doméstico, que começam com o VHS. Strusiewicz observa que a idéia de podermos gravar e ver nossos próprios vídeos quando quiséssemos era praticamente inexistente antes do VHS. Diz ele: “Até o final da década de 1970, filmes de sacanagem correspondiam a metade de todas as vendas de fitas de vídeo nos EUA. Na Grã-Bretanha e na Alemanha esse número chegava a 80%."
A razão disto é que, antes do VHS, a única maneira de ver filmes de sexo era comprar ingresso num cinema pornô, que não é, convenhamos, um lugar onde todo mundo se sente à vontade.
Segundo: a pornografia tornou possível a existência de sua câmara digital. Um dos grandes incentivos para a popularização deste formato foi quando as pessoas perceberam que, pela primeira vez, as fotos que elas tirassem na intimidade dos seus lares não teriam que ser reveladas num laboratório de uma loja, cujos funcionários, é claro, iriam copiar para si próprios as fotos mais picantes do casal.
O artigo reproduz comerciais de revista, na época, em que essa associação entre foto digital e privacidade erótica é claramente sugerida. O VHS e a foto digital se conjugaram para permitir que qualquer pessoa gravasse e exibisse imagens por conta própria, na hora que quisesse, sem que elas tivessem que passar pela mão de ninguém.
Terceiro: Gutenberg inventou a imprensa; a pornografia a alavancou. Strusiewicz dá um pulo para séculos atrás e mostra algo parecido ocorrendo no começo da imprensa. Diz ele:
“Gutenberg e sua Bíblia deram o pontapé inicial, mas durante séculos um dos autores mais lidos na Europa foi Pietro Aretino, hoje considerado um dos pais da literatura erótica, com seu livro de 1524 I Modi (As Maneiras), com gravuras de Giulio Romano”.
Uma espécie de Kama Sutra italiano enumerando posições e técnicas. Ainda hoje, os Sonetos Luxuriosos de Aretino são traduzidos e lidos no Brasil.
A tese de Strusiewicz é que sempre há compradores para a obra erótico-pornográfica, independentemente de seu acabamento técnico ou valor artístico. Isto faz desta indústria um excelente campo de testes para novas tecnologias e para novos experimentos de transações comerciais.
Continua aqui:
https://mundofantasmo.blogspot.com/2011/01/2467-pornografia-e-internet-3012011.html
O primeiro, segundo ele, são as tecnologias de vídeo doméstico, que começam com o VHS. Strusiewicz observa que a idéia de podermos gravar e ver nossos próprios vídeos quando quiséssemos era praticamente inexistente antes do VHS. Diz ele: “Até o final da década de 1970, filmes de sacanagem correspondiam a metade de todas as vendas de fitas de vídeo nos EUA. Na Grã-Bretanha e na Alemanha esse número chegava a 80%."
A razão disto é que, antes do VHS, a única maneira de ver filmes de sexo era comprar ingresso num cinema pornô, que não é, convenhamos, um lugar onde todo mundo se sente à vontade.
Segundo: a pornografia tornou possível a existência de sua câmara digital. Um dos grandes incentivos para a popularização deste formato foi quando as pessoas perceberam que, pela primeira vez, as fotos que elas tirassem na intimidade dos seus lares não teriam que ser reveladas num laboratório de uma loja, cujos funcionários, é claro, iriam copiar para si próprios as fotos mais picantes do casal.
O artigo reproduz comerciais de revista, na época, em que essa associação entre foto digital e privacidade erótica é claramente sugerida. O VHS e a foto digital se conjugaram para permitir que qualquer pessoa gravasse e exibisse imagens por conta própria, na hora que quisesse, sem que elas tivessem que passar pela mão de ninguém.
Terceiro: Gutenberg inventou a imprensa; a pornografia a alavancou. Strusiewicz dá um pulo para séculos atrás e mostra algo parecido ocorrendo no começo da imprensa. Diz ele:
“Gutenberg e sua Bíblia deram o pontapé inicial, mas durante séculos um dos autores mais lidos na Europa foi Pietro Aretino, hoje considerado um dos pais da literatura erótica, com seu livro de 1524 I Modi (As Maneiras), com gravuras de Giulio Romano”.
Uma espécie de Kama Sutra italiano enumerando posições e técnicas. Ainda hoje, os Sonetos Luxuriosos de Aretino são traduzidos e lidos no Brasil.
A tese de Strusiewicz é que sempre há compradores para a obra erótico-pornográfica, independentemente de seu acabamento técnico ou valor artístico. Isto faz desta indústria um excelente campo de testes para novas tecnologias e para novos experimentos de transações comerciais.
Continua aqui:
https://mundofantasmo.blogspot.com/2011/01/2467-pornografia-e-internet-3012011.html